30/11/2010 / 11:07
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
Placas-mãe foram o primeiro alvo de pragas digitais.O CIH, em 1998, apagava o BIOS, chip que inicializa
o sistema. (Foto: Divulgação)
Não era um ataque físico direto. A BIOS é uma parte lógica da placa-mãe, mas consertar o chip poderia ser algo bem complicado, envolvendo, sim, um tratamento físico com a troca do chip da BIOS danificado para que ele pudesse ser reprogramado. O episódio deixou especialistas em dúvida. Houve quem dissesse que, como a BIOS é um componente lógico, não havia um dano ao hardware. Peter Szor e Eugene Kaspersky, dois respeitados especialistas, no entanto, escreveram em 2000 que o CIH foi “o primeiro vírus a danificar o hardware do sistema”.
Desde então, as placas-mãe não permitem mais que um ataque como o CIH ocorra, possuindo proteções contra programas que tentem alterar a memória da BIOS.
O debate sobre a possibilidade de vírus em hardware ou de danos permanentes a componentes físicos seguiu quieto até que, em 2006, John Heasman mostrou como infectar placas PCI de rede e vídeo. Heasman apostou que tais ataques, embora possíveis, não seriam comuns. Isso porque, segundo ele, usuários são descuidados e criminosos não precisam depender de ataques complexos para criar vírus com alto poder de camuflagem e destruição.
Hardware especializado, como servidores, temrecursos que podem facilitar a criação de vírus.
Placas para servidores Dell já foram infectadas.
(Foto: Reprodução)
Ano passado foi a vez da barreira das placas-mães serem quebradas. Pesquisadores de segurança argentinos demonstraram um vírus capaz de se alojar na BIOS, a mesma que deveria estar protegida depois dos ataques do CIH. Nesse ano, a existência de ataques reais desse tipo foi confirmada pela primeira vez em placas-mães da Dell que infectavam o computador se o sistema fosse Windows.
Na semana passada, mais um pesquisador demonstrou como colocar vírus em componentes de hardware. Guillaume Delugré mostrou que a capacidade de processamento e memória das placas de rede Broadcom NetExtreme são suficientes para alojar um rootkit, um código malicioso invisível capaz de grampear o tráfego da rede e controlar o sistema infectado remotamente.
Delugré, porém, atenta para um detalhe: a maioria das placas de rede usada em computadores domésticos não tem capacidade de realizar as mesmas tarefas. É aí que entra as dificuldades dos vírus em hardware.
Por que não veremos um ataque massivo ao hardware
Segurança é uma área difícil de prever, então pode ser que, em breve, sim, surja algum vírus que ataque o hardware ou algo semelhante, como foi o vírus CIH em 1998. Mas existem alguns fatores que precisam ser considerados antes, e que apontam para uma realidade em que ataques por meio de componentes de hardware permaneçam raros.
Um vírus programado para atacar um hardware precisa ser específico para o hardware que ele quer atacar. Isso significa que é difícil atacar todos os computadores da rede, que usam configurações muito diferentes. O ataque de Delugré, por exemplo, depende do uso de uma placa de rede específica que é mais usada em ambientes corporativos.
Chama-se firmware a programação do chip quecontrola a operação de um hardware. É ele que os
vírus podem atacar. (Foto: Divulgação)
O vírus de hardware, portanto, normalmente opera no firmware. Como o firmware normalmente é específico para cada componente, também o vírus precisa ser. Se não for, ele não conseguirá modificar o firmware ou, se modificar, pode acabar danificando o computador – e um computador danificado não pode ser usado para acessar o banco e permitir o roubo da senha.
Pragas como o Stuxnet, que possuem objetivos específicos em sistemas específicos, podem se aproveitar de mecanismos no hardware para se alojar nos computadores alvo. O Stuxnet, aliás, não infectava hardware, mas infectava arquivos de projeto de uma linguagem usada pelos controladores industriais; ou seja, foi ainda mais específico em sua ação.
Mas é muito difícil que um vírus comece a tentar infectar todo tipo de firmware. Se o fizer, provavelmente estará cheio de erros, a não ser que desenvolvedores realmente habilidosos dediquem muito tempo para a tarefa. Nos casos de laboratório demonstrados até hoje, especialistas trabalharam com o hardware que quiseram e não precisaram se preocupar com a viabilidade do código em grande escala.
Quanto a danos no hardware, essa é uma questão ainda mais improvável, já que os vírus de hoje não buscam mais danificar o sistema. Eles precisam do computador funcionando para realizar suas tarefas maliciosas. Já no caso de ataques específicos a certas organizações ou estruturas, a viabilidade dessa tarefa já não parece tão impossível. De fato, o próprio Stuxnet tinha como objetivo interferir na operação de controles industriais para causar falhas.
03/11/2010 / 03:29
Celebre o primeiro aniversário desse sistema operacional com esses truques, ferramentas e melhorias; e é tudo de graça!
Por Rick Broida, PC World EUA
É difícil de acreditar, mas o Windows 7 já completou 1 ano de vida. O que é mais impressionante nessa história é que, durante esse período, o sistema operacional tem recebido elogios por quase toda critica e seus usuários. Claro que mesmo o mais seguro, ágil e versátil OS tem espaço para melhorias. Por isso, reunimos essa coleção de apps e utilitários para ajudar a melhorar ainda mais seu PC com Windows 7. A melhor parte disso é que, acredite se quiser, tudo sai de graça.
Utilitários para o desktop
BateryBar
Apesar da nova versão ter aprimorado o gerenciamento de energia no notebook, o Windows 7 ainda não diz muito a respeito da bateria. Essa ferramenta engenhosa adiciona um medidor de energia à barra de tarefas, e exibe a porcentagem ou o tempo restante da bateria. Basta um clique para alternar entre os mostradores.

Quando o laptop estiver conectado à tomada, a barra se torna azul e mostra quanto tempo será necessário até o equipamento alcançar carga total. Ao chegar nesse ponto, uma janela pop-up exibe várias informações adicionais: capacidade total da bateria, taxa de carga e descarga, status da conexão AC e ainda uma estimativa de vida útil baseada nos dados de carga da bateria.
O BatteryBar é gratuito, mas há também uma versão Pro com recursos como gráficos, avisos de pouca bateria e troca automática para configurações de energia que são ativadas quando o usuário altera entre a tomada e a bateria. Curiosamente, a Osíris Development, que desenvolveu o aplicativo, permite ao cliente escolher o preço que quer pagar pela versão Pro: entre 1 e 10 dólares. Essa ferramenta é essencial, mesmo se for a opção gratuita.
Dexpot
Esse software de desktop virtual aumenta a produtividade de maneira efetiva e sem custo adicional, dando ao usuário um segundo (terceiro e quarto) "monitor virtual", sem qualquer hardware adicional. Com o update para o Windows 7, o Dexpot ficou melhor ainda.

Taskbar Items Pinner
Sempre quis afixar mais do que programas à barra de tarefas do Windows 7? Desenvolvido por Kishan Bagaria, o Taskbar Items Pinner dá conta do recado: ele permite ao usuário adicionar uma variedade de ícones à barra, desde a pasta de imagens até arquivos individuais ou mesmo websites.

Segurança
Microsoft Security Essentials
O Windows 7 vem com todas as ferramentas necessárias para uma navegação segura – menos uma. O sistema possui um firewall robusto, proteção contra spywares, cortesia do Windows Defender, e bloqueio contra malwares e phishing integrado ao Internet Explorer 8. Qual a única peça que está faltando? Proteção contra vírus – e é isso que o Microsoft Security Essentials oferece.

Right-Click Extender
Se há um patinho feito entre o conjunto de recursos do Windows, é o clique direito e seus menus contextuais. Poucos usuários se importam com eles – talvez porque não saibam que esses menus estão ali, mas principalmente pelo fato desses menus não incluírem as opções que os usuários realmente desejam que estivessem ali (comandos de movimentação como Copiar Para ou Mover Para ou atalhos para o Painel de Controle ou Gerenciador de Tarefas no desktop).

WizMouse
O Windows 7 pode ser a versão mais inteligente do Windows já lançada, mas ainda encontra desafios em relação à uma área muito importante: o scroll do mouse. Apesar de ser nada intuitivo, o usuário não pode simplesmente colocar o cursor sobre uma janela e imediatamente rolar a página; é preciso, ao invés disso, clicar primeiro para trazer a janela em questão para o primeiro plano.

Como bônus, o WizMouse permite que as capacidades de scroll sejam implementadas em programas que geralmente não suportam o recurso. Fica a dica para a Microsoft comprar o código do programa e integrá-lo ao Windows 8, certo?
Windows Live Mail 2011
Ao desenvolver o Windows 7, a Microsoft limpou a casa e eliminou alguns programas que antes faziam parte do sistema operacional. Entre eles estava o Windows Mail (que antes do Vista era conhecido como Outlook Express). Como resultado, falta um cliente de e-mail integrado ao Windows 7.

Windows Live Mesh 2001
Se o usuário utiliza mais de um computador, como a maioria das pessoas hoje em dia, não seria ótimo ter acesso aos mesmos documentos, fotos, músicas, e outros arquivos em todos esses PCs? Esse é o conceito por trás do Windows Live Mesh 2011 (descendente direto do Windows Live Sync), que automaticamente mantém todos os dados sincronizados entre duas ou mais máquinas.

Além de arquivos e pastas, o Mesh pode sincronizar os favoritos do Internet Explorer e outras configurações do Microsoft Office como estilos, templates, assinaturas de e-mail, entre outros. Ele permite ainda que o usuário se conecte remotamente outros computadores que fazem parte da sua rede Mesh.
ZumoCast
Esse aplicativo transforma seu PC em uma espécie de servidor multimídia, permitindo ao usuário fazer streaming de música, vídeo e arquivos de qualquer computador – ou mesmo para o iPhone, iPod Touch ou iPad (o suporte ao Android será disponibilizado em breve). Ele resolve o principal problema dos dispositivos móveis: pouco espaço para armazenamento; além de ser muito bacana.
Depois de instalar esse software desenvolvido pela Zecter no computador (ele também está disponível para Mac) e criar uma conta, basta selecionar os itens que ficarão disponíveis. A configuração padrão torna disponíveis as pastas de Documentos, Imagens, Músicas e Vídeo do Windows, mas outros locais podem ser adicionados facilmente.


